Neste 05 de maio – Dia Mundial de Higienização das Mãos – o Conselho Federal de Odontologia (CFO) reforça, com o apoio dos Conselhos Regionais, a importância redobrada da prática como forma de prevenção da COVID-19. A adequada higienização das mãos é uma das principais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a transmissão do vírus, bem como de outras doenças. A proposta é intensificar a conscientização do ato de lavar as mãos, tanto por parte dos profissionais da Odontologia, quanto da população, como barreira essencial no controle da transmissão da doença.
A data, definida pela Organização das Nações Unidas (ONU), também ressalta que o cuidado com a higienização das mãos, em meio à pandemia mundial do vírus, também pode reduzir o risco de contágio de doenças como hepatite B, meningite, diarreia e resfriados. Além de reduzir o número de mortes relacionadas à diarreia em mais de 40% e os casos de doenças respiratórias agudas em 25%, de acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Segundo a doutora em Saúde Pública/Epidemiologia pela Universidade de Paris VI- França e membro da Comissão de Educação do CFO, a Cirurgiã-Dentista Maria Celeste Morita, a lavagem das mãos é uma das mais importantes medidas de saúde pública existentes atualmente. “Muitas evidências científicas demonstram o quanto essa simples medida poderia diminuir o número de mortes preveníveis no mundo. As mãos são partes da transmissão de inúmeras doenças, tendo inclusive forte impacto nas taxas de infecção hospitalar e outras doenças ligadas ao cuidado em saúde. Estudos demostram que a lavagem das mãos é essencial no controle da disseminação de infecções assim como no espalhamento de microorganismos resistentes”, esclareceu.
Para a Cirurgiã-Dentista, não se trata apenas de casos hospitalares mas de toda cadeia do cuidado. “Profissionais de saúde e seus auxiliares estão altamente expostos a esses riscos. No caso do Cirurgião-dentista, a lavagem correta das mãos é parte fundamental do ensino de Odontologia, tem que ser enfatizada, ensinada e avaliada durante toda formação. Considerando que trabalhamos em um ambiente altamente contaminado como a boca, a lavagem correta das mãos é uma grande aliada na proteção de nossos pacientes e no cuidado com nossa própria saúde”, completou.
A orientação citada por Maria Celeste Morita também consta no “Manual de Boas Práticas em Biossegurança para Ambientes Odontológicos“, lançado com apoio institucional do CFO”, para aperfeiçoar os cuidados a serem adotados no ambiente clínico, pelo Cirurgião-Dentista, pela equipe auxiliar e pelos pacientes. O manual orienta a higiene das mãos por, no mínimo, 20 segundos antes e depois de contato com qualquer pessoa, ir ao banheiro e após tocar em quaisquer superfícies.
No caso da população, é importante ressaltar a forma correta de lavar as mãos na rotina diária. A higienização requer uso de água e sabão, esfregar a palma e o dorso das mãos e também entre os dedos, por, no mínimo 20 segundos, várias vezes ao dia. O hábito é recomendável após pegar em dinheiro, antes de comer, depois de mexer com animais, usar o banheiro, usar o transporte público e antes de pegar em bebês, por exemplo. O ato de lavar as mãos deve ser feito, principalmente, antes da higienização bucal, pois a mãos são imprescindíveis no acesso à cavidade bucal, como no uso do fio dental, do higienizador de língua e da escova de dente.
Nesse sentido, o álcool 70% pode substituir a lavagem com água e sabão quando o cidadão não tiver acesso à água e sabão. O álcool 70% possui propriedades microbicidas eficazes para eliminar os germes mais frequentes que causam infecções. No entanto, cabe destacar que o álcool 70% não é complementar para a lavagem das mãos. Lavar as mãos com água e sabão e usar o álcool são duas maneiras diferentes de higiene.
Por Michelle Calazans, Ascom CFO
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